Imigrantes que cruzaram do Japão à América Latina. A imigração não foi apenas para "dekassegui", mas também contribuiu para a construção nacional do país parceiro.

Apresentando os esforços para preservar essa história às gerações futuras.

"Comunidade e cultura japonesas enraizadas no Brasil"

Liberdade, bairro oriental localizado em São Paulo, Brasil. Nesta área também se encontra o Museu Histórico da Imigração Japonesa no Brasil.

Participantes criando uma nova civilização

Brasil Maru, navio de imigrantes ancorado no porto de Santos, no Brasil. Cerca de 230.000 pessoas entraram na América do Sul a partir deste porto.

A imigração para o Brasil começou em 1908 com 781 pessoas cruzando o mar no Kasato Maru. Atualmente, cerca de 2 milhões de descendentes japoneses vivem no Brasil.

Em 1978, que marcou o 70º aniversário da imigração brasileira, foi realizado um simpósio internacional comemorativo em São Paulo. O palestrante do discurso principal foi o Sr. Tadao Umesao (falecido em 2010), que era chamado de "Gigante do Conhecimento" e era o diretor do Museu Nacional de Etnologia na época.

O título do discurso principal era "Vamos participar do novo mundo". Pedia para que os imigrantes fossem considerados dentro da história da humanidade, e não na dimensão de "dekassegui", e que fossem considerados os seus significados civilizacionais. E ressaltou que o Brasil aceitou imigrantes do Japão como participantes da nova civilização, dizendo: "Não são clientes nem intrusos que ingressaram. São participantes. Este é o significado histórico dos imigrantes japoneses. Os japoneses foram exatamente os participantes na formação de uma nova civilização".

Na realidade, os japoneses desbravaram as florestas primitivas, promoveram a agricultura e até desenvolveram cidades. Além disso, contribuíram para o desenvolvimento do Brasil, focando seus esforços na educação da segunda e terceira gerações nascidas no Brasil, que eventualmente entrariam para o mundo político e governamental, e ocupariam empregos nos mais diversos setores, como médicos, advogados, professores, artistas, etc.

Cenas de desembarque no porto de Santos. A inspeção da imigração é realizada a bordo, em seguida, se locomoviam para o local de inspeção da alfândega.

Descendente japonês que abriu uma loja no mercado e está vendendo verduras.

Cultivo de sisal. Podia ser produzido cerca de 600kg de fio bruto por hectare.

Fabricando estacas para o cultivo de Pimenta (kosho), usando árvores cortadas da floresta.

Japoneses que se mudaram para o Nordeste do Brasil. Neste local se cultivava algodão, feijão, arroz, verduras, etc.

Promovendo o networking dos Museus históricos

"É possível imaginar a vida dos japoneses na era Meiji"
[Museu da Migração Japonesa ao Exterior - JICA Yokohama]
Exposição de equipamentos agrícolas usados por imigrantes. Prepararam a terra e tentaram cultivar vários produtos agrícolas.

A fim de preservar a história desses imigrantes para as próximas gerações, existem museus históricos no Brasil e no Japão com o conceito de "Vamos participar do novo mundo" e exposição temática de "Museu histórico vivo, onde é possível descobrir a verdadeira história e compartilhar novos conhecimentos" defendida pelo Sr. Umesao.

O "Museu Histórico da Imigração Japonesa no Brasil" localizado em São Paulo foi inaugurado em 1978, o mesmo ano da palestra do Sr. Umesao. Usando três andares do edifício, é apresentada a história da Comunidade Nikkei começando pela exposição de ferramentas do cotidiano e cabanas de cultivos que transmitem o estilo de vida dos primeiros imigrantes, indo até o período pós-guerra. Há três anos, o museu vem sendo renovado gradativamente com base no conceito de "Museu histórico vivo", e em janeiro deste ano foi estabelecido o "Centro de Pesquisa de História da Imigração e Cultura Japonesa".

Sra. Lidia Reiko Yamashita, descendente de segunda geração, que atua como Presidente da Comissão de Administração do Museu, diz: "Existem outros museus históricos espalhados pelo Brasil. Há algumas pessoas que administram os museus por conta própria. No entanto, existem situações em que não conseguem continuar devido ao envelhecimento da população. Mesmo terceirizando a administração ao governo local, muitas vezes são abandonados. Portanto, em primeiro lugar, estamos promovendo o networking para que os museus possam cooperar uns com os outros". Além disso, alguns materiais históricos valiosos, como jornais em língua japonesa, estão seriamente deteriorados devido ao efeito do tempo. Atualmente, o Escritório da JICA Brasil emprestou um scanner de grande porte que pode escanear jornais, onde está sendo realizado o processo de digitalização.

Na cidade de Yokohama está localizado o "Museu da Migração Japonesa ao Exterior - JICA Yokohama". Na inauguração do museu em 2002, o Sr. Umesao estava envolvido como supervisor especial. Originalmente, uma das organizações predecessoras da JICA estava envolvida no projeto de imigração no pós-guerra, e Yokohama era o porto de partida para os navios dos imigrantes.

Aqui é possível ver tudo, de como as pessoas que partiram do Japão participaram na criação da civilização no destino da imigração, e como contribuíram com este local. Podemos notar que os imigrantes de mais de 100 anos atrás, conquistaram a confiança de cada país como pioneiros da "cooperação internacional".

Presidente da Comissão de Administração do Museu Histórico da Imigração Japonesa no Brasil - Sra. Lidia Reiko Yamashita

Sra. Lidia Reiko Yamashita

"Atualmente, o museu está fechado devido a pandemia da Covid-19, mas estamos planejando um simpósio que conecte não apenas dentro do Brasil, mas também os Museus Históricos de Imigração Nikkeis nos países da América do Norte e América do Sul, incluindo Havaí, e o museu em Yokohama através da utilização de tecnologias online."

Museu Histórico da Imigração Japonesa no Brasil

Localizado em São Paulo
Museu Histórico da Imigração Japonesa no Brasil

Para obter mais informações sobre o Museu Histórico da Imigração Japonesa no Brasil e o Museu da Migração Japonesa ao Exterior - JICA Yokohama, consulte em cada site.

• Museu Histórico da Imigração Japonesa no Brasil (external link)

Cerimônia de abertura quando foi renovado como "Museu de história vivo".

Nos corredores da exposição, o estilo de vida da época é transmitido de forma fácil de entender de acordo com a época.

Museu da Migração Japonesa ao Exterior - JICA Yokohama

Para obter mais informações sobre o Museu Histórico da Imigração Japonesa no Brasil e o Museu da Migração Japonesa ao Exterior - JICA Yokohama, consulte em cada site.

• Museu da Migração Japonesa ao Exterior - JICA Yokohama

Mala de uma mulher que migrou ao Brasil. Disseram para ser "pouca bagagem", sendo assim colocou apenas objetos íntimos e do dia-a-dia. Dizia-se que as enemas infantis e ferramentas de costura eram úteis.

Espaço de exposição das malas usadas pelos imigrantes.

Todas as 6 fotos monocromáticas das páginas 10 a 11 são da coleção do Museu da Migração Japonesa ao Exterior - JICA Yokohama.