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Implementation of Community Policing Using the Koban System (SENASP2)

Curso Internacional de Multiplicador de Polícia Comunitária- Sistema Koban e Chuzaisho.

FotoVisita a Takao- Japão

Manter o vínculo entre os bolsistas da JICA foi uma das primeiras instruções obtidas ainda no Brasil para que tomássemos consciência da grandeza que é tornar-se um pesquisador da polícia japonesa, que hoje é modelo mundial de aproximação com sua comunidade, e de participar regularmente na troca de experiências no tocante a aplicabilidade do que é ser policial, respeitando as regiões e regionalizações. Portanto, retomaremos um pouco da história de como foram adquiridos esses conhecimentos e como eles têm influenciado nossa cultura de aproximação com o cidadão, proporcionando maior qualidade de trabalho, tornando-nos mais técnicos em nossas abordagens e principalmente buscando uma cultura do bem comum e dignidade ao cidadão na sociedade em que estamos inseridos. Esses conhecimentos foram obtidos através do acordo de cooperação técnica entre Brasil e Japão por meio do oferecimento do Curso Internacional de Multiplicador de Polícia Comunitária- Sistema Koban e Chuzaisho.

Em 09 de junho de 2010, em São Paulo, iniciamos aprendizados mais aprofundados sobre a cultura japonesa, o que faz um bolsista e ex-bolsista da JICA, qual o objetivo do Curso Internacional de Polícia Comunitária e como deve ser a manutenção dessas informações. Em 14 de junho de 2010 tivemos nossa primeira aula no Japão encerrando-se a última aula no dia 25 de junho de 2010. Desde o primeiro dia foi perceptível, que o modelo adotado pelo Japão é um exemplo de seriedade e compromisso pessoal do policial com a sociedade, primando sempre pelas regras básicas das ferramentas pela qualidade em serviço, e isso desenvolve no cidadão um sentimento de segurança, aproximação comunitária e de estabilidade populacional, através campanhas e incentivos da própria legislação àqueles que apóiam o sistema de segurança pública.

Inicialmente foi nos repassado conhecimentos sobre a história do fardamento do Japão, até o surgimento da padronização dos uniformes em todas as Províncias, com algumas diferenciações para policiais de trânsito, uniforme utilizado nas montanhas e em Operações Especiais. Contudo, devemos ressaltar que todos são iguais nas Províncias, conforme essas especificidades. Isso cria uma identidade mais forte.

Aprendemos como se deu a evolução de aproximação da polícia, principalmente após a Segunda Guerra Mundial e calamidades, bem como está o atual sistema de comunicação. Foi perceptível comparativamente, que um fator diferencial do Japão quanto à aproximação da comunidade em relação ao Brasil é a resistência Pós-ditadura militar adquirida pela população brasileira em relação às polícias de todo Brasil, pois isso ainda faz com que a população tenha oposições à cooperação, isto porque na visão de muitos, as atitudes tomadas em nome da manutenção da ordem coloca a polícia em situações de violência e não de proteção aos direitos do cidadão. A sensação de impunidade a criminosos ainda é muito forte devido à flexibilidade de algumas leis.

O Japão está dividido em Províncias, e lá temos as atividades da Agência Nacional de Polícia, que equivale ás atividades da Secretaria Nacional de Segurança Pública, pois é um órgão diretivo e que cria normas gerais de atuação das polícias, Polícia Metropolitana e as Polícias das Províncias, com se fossem as polícias estaduais, que desenvolvem a depender da região os trabalhos de Polícia Comunitária na forma Koban ou Chuzaisho.

A atuação da polícia japonesa em desastres de grande escala geralmente se dá quando há o acontecimento de terremotos, tempestades, vulcões. O modo como os policiais atuam é de orientação a população, de mantê-los informados e monitorar as casas da população, o que fazer em caso de desastres, visitar e dar segurança aos abrigados, bem como os primeiros socorros. Atualmente o Brasil tem enfrentado esse problema com enchentes em diversas regiões do país e seria necessária uma preparação do policial de como deve ser prestado este serviço inicial.

Conhecemos a Polícia de Takao, que tinha sob sua responsabilidade uma região montanhosa. Conhecemos o sistema de educação profissional, contratação e treinamento na polícia japonesa, por isso visitamos a Academia de Polícia Metropolitana e verificamos a manutenção de esportes, como artes marciais, na formação do policial para que ele saiba se defender. Algo importante é que a progressão de carreira ou posto se dá através de provas em assuntos sobre polícia. Assim, uma pessoa que tiver o nível médio de formação irá demorar alguns meses em seu período de formação. Em compensação, poderá no fazer provas sobre assunto policiais para o próximo posto e se for bem pontuado, pode ultrapassar alguém formado em nível superior, por exemplo. Para subir os demais postos deve ter um determinado tempo naquele e fazer novas provas. Assim, o profissional deve estar sempre se atualizando e manter boas condições físicas.

Também visitamos a Província de Nagano, conhecemos a Unidade de Controle de Trânsito de Vias Expressas, Polícia de Saku, a um Chuzaisho de Kasuka e ainda o Batalhão de Choque. Verificamos que o trânsito é um dos maiores causadores de mortes no Japão, sendo os acidentes causados, em sua maioria, por anciãos.

FotoTrânsito Comunitário-Acre

No estado do Acre houve a consolidação da divisão da capital Rio Branco em cinco regionais, agrupando em média trinta bairros por regional e estes bairros em micro-áreas de responsabilidade de oficiais, com equipes definidas de trabalho. Além da capital, os demais municípios do Estado do Acre também foram divididos em regiões agrupadas.

Medidas de prevenção vinculadas à conscientização através de palestras em escolas, campanhas educativas envolvendo jovens, reuniões com a comunidade enfocando o sistema de auto proteção e em reuniões com os comerciantes, para promover debates de como podem ser prestados de forma eficaz os serviços da polícia se tornou algo mais consolidado, principalmente nos períodos do final do ano, onde a população foi melhor preparada com informações e as atividades de policiamento mais intensificadas em suas diversas modalidades.

Assim fica a expectativa para que os aprendizados de outras polícias nacionais e internacionais permaneçam, pois eles nos deram nova visão de Planejamento Estratégico, quanto à estrutura de aproximação e identificação de problemas. Que toda a estrutura montada de Polícia Comunitária permaneça sendo apoiada pelos novos gestores, incentivando através de reuniões comunitárias cada cidadão a conhecer melhor sua rua, seu bairro, sua capital e como se proteger do crime. Que sejam disponibilizadas pessoas para escrituração dos acontecimentos sobre polícia comunitária e suas mudanças no Acre, bem como continuar a produção de dados, pois muitos de nossos feitos têm se perdido ao longo da história por falta dessa disponibilidade.

Ellen Pontes Silva de Freitas- 1º TEN PM
Governo do Estado do Acre
Polícia Militar do Estado do Acre

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