Agência de Cooperação Internacional do Japão
A experiência de visitar o Japão, em razão da freqüência ao Curso de Gestor de Polícia Comunitária, foi muito relevante para nossa carreira na PM do Rio Grande do Sul. O nosso Estado é província irmã de Shiga. Temos uma colônia japonesa muito atuante, próxima a capital, Porto Alegre.
Tenho estudado os modelos de Polícia de vários locais. Conheci várias agencias de Polícias norte-americanas e várias no Brasil. Devido a minha atuação por mais de vinte anos no policiamento como comandante de tropa, procurei adaptar e aplicar algumas experiências. O Modelo Japonês me foi apresentado em 2010 no Estado de São Paulo. Apartir de então começamos um processo de compreensão e aplicação de experiências nossas com metodologia aos moldes do modelo japonês. Deste modo, pela oportunidade que me foi concedida de fazer parte da Coordenação adjunta da Policia Comunitária da Brigada Militar (nome histórico da nossa policia ostensiva no Sul), propusemos mudanças de alguns procedimentos e atualização de diretrizes, com ênfase na visita comunitária e responsabilidade territorial integrada coma a comunidade.
Visita a Koban (posto policial) e Chuzaisho (policial residente e família) em Shiga, inspiração para os nossos Núcleos de policiamento comunitário do Rio Grande do Sul-Brasil (fotos do grupo visitante)
Adaptamos isto a nossa realidade brasileira, no estado do Sul, que é povoado por índios, portugueses, italianos, alemães, povos eslavos e, dentre outros e por último, os japoneses. A preocupação da minha Instituição em evoluir e se adaptar as necessidades da coletividade, e seu compromisso com a segurança pública, faz com que persigamos melhores práticas e experiências.
Desenvolvemos um modelo híbrido de policiamento comunitário. Ele alia as capacidades de atendimento com público e patrulhamento do modelo Koban, com a interação do policial residente em bairro onde serve (Chuzaisho) ao qual chamamos de Núcleo de policiamento comunitário.
Diante desta realidade fomos buscar reafirmar os propósitos de nosso trabalho no Japão e conhecer a essência do sistema.
Assistindo a visita comunitária feita pelo policial do Koban de Shiga (Foto do próprio ex-bolsista).
Ver os policiais interagindo e vivenciando a filosofia de Polícia Comunitária nas suas comunidades, em uma estrutura padronizada de logística e procedimentos, tal qual nos foi apresentado no passado em livros e em cursos, foi o maior legado que poderemos carregar conosco.
Viatura padrão da Polícia Nacional do Japão nas imediações do Parlamento em Tókio (Foto do próprio ex-bolsista).
Nesta viagem trouxemos as experiências da profissão policial e da cultura japonesa que já nos impressionava e agora vão nos marcar positivamente para sempre. Muito obrigado a SENASP, JICA, Policia Nacional e ao povo japonês. Arigatou gozaimasu!
