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Depoimento do Bolsista

Nome: Laos Alexandre Hirano

Nome do Curso: Desenvolvimento de músculos artificiais utilizando compósitos poliméricos eletroativos
Período de Treinamento: 27 de maio a 9 de agosto de 2012

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Salve moçada, meu nome é Laos Alexandre Hirano, sou engenheiro de controle e automação (Universidade Federal de Ouro Preto - UFOP), mestre em engenharia de materiais (UFOP/UEMG/CETEC) e atualmente aluno de doutorado em nanociências e materiais avançados pela Universidade Federal do ABC – UFABC. O meu treinamento pela JICA durou 75 dias e foi realizado na Universidade de Wakayama, na província de Wakayama (ao sul de Osaka). Para melhor colaborar com os futuros candidatos, vou dividir meu depoimento em três partes: sobre o projeto, sobre a vida no Japão, e sobre as condições que a JICA oferece para a realização de seu treinamento.

Este projeto se encontra no contexto do desenvolvimento de músculos artificiais. A pesquisa em questão estuda um compósito baseado de uma membrana eletroativa e eletrodos de metal como elemento atuador do dispositivo. Comumente chamado de IPMC (do inglês Ionomeric Polimer-Metal Composites), este material tem a capacidade de modificar a sua forma/dimensão em resposta a um estímulo elétrico, usualmente tensões elétricas entre 0,5 e 3V. Com este material é possível construir atuadores (braços, pernas e outros tipos de manipuladores) robóticos flexíveis, leves e miniaturizáveis. Este material tem sido testado no desenvolvimento de cateteres, micro-robôs e ajuste de foco de jogo de lentes. O projeto realizado na Universidade de Wakayama tratou da caracterização eletromecânica do IPMC. Na ocasião, estudamos os movimentos e a força gerada por amostras de IPMC em função da tensão elétrica aplicada. A Universidade de Wakayama, apesar de ser uma instituição pequena, dispõe de uma equipe sólida e bem fundamentada, e equipamentos de ponta tornando o laboratório um dos melhores que já tive a oportunidade de trabalhar. Sugiro fortemente para estudantes na área de engenharia mecatrônica que conheçam esta instituição.

A vida no Japão, assim como o estilo de vida japonês é bem dinâmico e diversificado. Nos finais de semana livres procurei entender mais sobre a cultura, a história e a religião japonesa. Como Wakayama fica próximo de Osaka, Kyoto e Nara, tive a oportunidade de conhecer diversos pontos turísticos. Como o dinheiro e o tempo estavam limitados, procurei estudar um pouco antes de definir os pontos que desejava conhecer, fato que me permitiu entender melhor sobre a sua importância na cultura, história e religião, além de ser mais objetivo durante a visita.

Por fim, a JICA forneceu todo suporte de que eu precisava durante o treinamento. Fiquei hospedado em um hotel muito confortável, com todas as passagens pagas, incluindo as passagens para eu frequentar a universidade todos os dias. A bolsa que recebemos é suficiente para comer bem, permitindo algumas refeições mais caras, de vez em quando. Além disso, com um pouco de economia, é possível fazer algumas viagens nos finais de semana para diversos locais no Japão.

Como considerações finais, agradeço a JICA e a Universidade de Wakayama pela oportunidade. Para os próximos candidatos, procure saber falar um pouco de japonês, respeite os seus limites e os costumes dos japoneses, estude bastante e não deixe de curtir este país que é muito bacana.

Mas de modo geral, o sistema de pesquisa em qualquer lugar no Japão é objetiva e muito bem fundamentada. É notável um grande esforço da parte dos professores, orientadores e da própria instituição para o sucesso das pesquisas em desenvolvimento, incluindo para o meu projeto. Outra característica marcante, e uma das maiores diferenças com a pesquisa no Brasil, é a pronta disponibilidade de recursos e a clareza de regras para a obtenção destas. Dos alunos é exigida uma formação bem sólida em conhecimentos básicos em física, química, matemática e programação.

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