Doutora Mary Okamoto, ex-coordenadora de Projeto Comunitário da JICA, realiza live sobre os aspectos psicológicos dos filhos de brasileiros nikkei no Japão.
2025.04.29
Nesta live realizada em 10 de abril de 2025, organizada pela Associação de Pesquisadores Brasileiros no Japão (ABrJ), a Doutora Mary Yoko Okamoto (UNESP) apresentou uma live intitulada “Aspectos psicológicos dos filhos de brasileiros no Japão: Questões migratórias e identitárias”, abordando a complexidade dos fatores migratórios, principalmente a partir do olhar dos filhos que acompanham os pais neste processo com sofrimento decorrente da imigração, a questão de identidade, as perspectivas futuras, entre outros.
A comunidade nikkei brasileira no Japão tem contribuído na economia japonesa nos setores industrial e de serviços japoneses há mais de três décadas. O fenômeno dekassegui iniciado nos anos 90 perdura até hoje, com sentimento de estranhamento, a sensação de não-pertencimento dos brasileiros em relação a comunidade local. Por outro lado, encontramos os receios do país receptor, que teme os impactos e as mudanças geradas pela presença de “estrangeiros” na sua rotina.
Sobre a Associação de Pesquisadores no Japão - ABrJ.
A entidade tem como missão o fortalecimento e a promoção da aproximação entre cientistas, artistas, empresários e a comunidade brasileira residente no Japão.
Seus membros empenham-se na geração de conexões para estimular a capacitação intelectual e incentivar gerações futuras, criando um futuro mais próspero, justo e sustentável para a união nipo-brasileira e tendo como base quatro pilares (Comunidade Brasileira residente no Japão, Empresários, Organizações Governamentais e Agências Financiadoras).
Sobre o projeto comunitário da JICA “Programa de desenvolvimento de apoio psicológico do estado de São Paulo, voltado aos decasseguis e seus descendentes que retornam ao Brasil".
Este projeto foi realizado por meio de uma parceria entre o Conselho de Promoção para Convivência Multicultural, UNESP Campus de Assis e JICA entre 2012 e 2014. Suas atividades incluíram atendimentos psicológicos nas escolas brasileiras e japonesas, NPOs (organização sem fins lucrativos), no Consulado Geral do Brasil em Hamamatsu e nas cidades com elevada concentração de brasileiros no Japão.
A Dra. Mary Okamoto atuou como coordenadora do lado brasileiro nas províncias de Aichi, Shiga, Gunma, Gifu e Shizuoka. Na fase de pós-projeto, participou de seminários e palestras que enfocaram o tema migratório. Os resultados do projeto foram compilados no “Manual para o atendimento de brasileiros descendentes de japoneses”.
Doutora Mary Okamoto na província de Shiga, durante a fase de execução do projeto.
Em Nagoya, com a equipe de trainees brasileira e membros do Conselho de Promoção para Convivência Multicultural (estudantes do curso de Psicologia da UNESP).
Reunião com o Conselho de Promoção para Convivência Multicultural e JICA no Japão.
Províncias e cidades japonesas com alta concentração de trabalhadores brasileiros na época participaram do projeto.
O trabalho da equipe do projeto foi compilado para o desenvolvimento do “Manual para o atendimento de brasileiros descendentes de japoneses”.
As bolsistas brasileiras acompanharam os serviços públicos do governo japonês voltados ao atendimento de trabalhadores estrangeiros no Japão.
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